
O Brasil perdeu 1.198.363 de postos de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre do ano, no pior resultado para o período desde o início da série histórica do Ministério da Economia, em 2010. No mesmo período do ano passado, foram criadas 408.500 vagas. O mercado de trabalho foi fortemente afetado pela pandemia do coronavírus, que provocou o fechamento de diversas atividades econômicas no país. O resultado do primeiro semestre é o saldo, ou seja, a diferença entre 6.718.276 contratações e 7.916.639 demissões. Apenas no mês de junho foram fechadas 10.984 vagas com carteira, no pior resultado para o mês desde 2016 (-91.032 vagas). O número é pior que o registrado em junho de 2019 (+48.436), mas representa desaceleração no ritmo de perda de vagas em relação aos meses anteriores, também afetados pela pandemia.
- junho: -10.984 vagas
- maio: -350.303 vagas
- abril: -918.286 vagas
- março: –259.917 vagas
O total de pessoas que estavam empregadas com carteira assinada em junho somou 37.611.260, o que representa uma variação de -0,03% em relação ao mês anterior.Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foram divulgados hoje pelo Ministério da Economia.
Serviços e comércio puxam demissões
Em junho, três dos cinco grupos de atividade econômica analisados pelo Caged tiveram queda. Veja a segui o desempenho de cada setor:
- Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: 36.836 novos postos
- Construção civil: 17.270 novos postos
- Indústria: 3.545 vagas fechadas
- Comércio (inclui reparação de veículos automotores e motocicletas): 16.646 vagas fechadas
- Serviços: 44.891 vagas fechadas
Sudeste lidera fechamento de vagas no país
Na análise por regiões do país, o Sudeste teve o pior desempenho, enquanto o Centro-Oeste teve o melhor saldo:
- Centro-Oeste: 10.010 novos postos
- Norte: 6.547 novos postos
- Sul: 1.699 novos postos
- Nordeste: 1.341 vagas fechadas
- Sudeste: 28.521 vagas fechadas
- economia.uol.